Ultimamente tem-se postado no blog do Crato comentários a respeito de alguns livros recém-publicados, convidando-nos a uma reflexão acerca da conduta de personalidades. Por exemplo, o livro “Os Cabeças de Planilha”, de Luiz Nassif , fazendo uma analise sobre o grande advogado Rui Barbosa, tecendo condutas, segundo o livro, não muito digna com a postura que referido jurista deixou em sua trajetória política. Já recentemente, fora apresentado como sugestão de leitura o livro “Meninos sem Pátria”, de Luiz Puntel, segundo comentários à obra citada narra a trajetória de um jornalista que não tinha o “rabo preso com ninguém, nem se intimidava com ameaças”, tendo sido perseguido no Brasil, bem como durante o seu exílio.
Pois bem, esse subscritor na mesma seara dos prezados colegas que nos agraciaram com obras tão importantes, traz a sugestão um livro não tão recente – já publicado há algum tempo é verdade – onde possibilita uma reflexão pormenorizada sobre o comportamento de ilustres figuras que se destacaram em nossa sociedade, em especial no campo jornalístico e político. Refiro-me ao livro “Chatô – O Rei do Brasil”. de Fernando de Morais, publicado pela editora Companhia das letras (1994). Essa obra, uma biografia, de forma resumida trata á respeito do Ilustre paraibano Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, tendo sido ele o fundador e dirigente da maior cadeia de imprensa do país, os Diários Associados, bem como um brasileiro que contribuiu e muito para evolução dos meios de comunicação entre nós.
Nessa obra pode-se ser visto o comportamento da mídia à época – ou parte dela – como, por exemplo, quando o iluminado Chateaubriand, haja vista a existência de uma empresa de “fósforos”, que se negava a publicar anúncios comerciais em sua rede de comunicação, convocar vários funcionários dos diários associados para “contarem” quantos palitos de fósforos havia em cada caixa, sendo que, para sua surpresa, ao final constatou-se que a quantidade de palitos de fósforos indicada nas caixas, não correspondiam com a verdade, ou seja, a indicação da quantidade de palitos era inferior a informada.Dessa forma, segundo o livro, o sábio jornalista começou uma campanha contra a empresa, divulgando que essa não respeitava os consumidores.Pois bem, depois de várias matérias a respeito, de forma assustadora e estranha, cessaram-se as reportagens sobre a questão. Todavia, após o termino da campanha contra a empresa de fósforo, essa começou a divulgar seus produtos na empresa do sábio Chateaubriand
Por fim, mesmo sabendo que o livro fora publicado há muitos anos, fica a sugestão àqueles que gostam de uma boa leitura, bem como para analise detalhada se evoluímos nesse campo, ou se estamos ESTAGNADOS.
Boa leitura.