Arquivo para 10 de dezembro de 2008



10
dez
08

Antes tarde do que nunca…

Lula
proíbe
Petrobras
de recorrer
à Caixa
Estatal negocia no
mercado internacional
a captação de valores acima
de US$ 1 bilhão. Até o fim de
outubro, foram gastos pela
estatal R$ 34 bilhões e ainda
há mais R$ 10 bilhões no
orçamento deste ano

Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o empréstimo concedido pela Caixa Econômica Federal à Petrobras, no valor de R$ 2 bilhões, reduziu a possibilidade de pequenas empresas recorrerem ao banco estatal para se financiarem em meio à crise econômica mundial. Ele determinou que a Petrobras não utilize mais financiamentos da Caixa, pedindo que recorra a bancos estrangeiros.
Lula fez a declaração dois dias depois de o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmar que a estatal poderia voltar a tomar recursos para financiamento de capital de giro em bancos públicos, já que há maior dificuldade em conseguir linhas de crédito em bancos internacionais.

Meu comentário:

Ainda bem. Louve-se a atitude do Presidente da República. Para vocês terem idéia da “mancada” da Caixa Econômica, basta dizer que ela emprestou a Petrobrás mais de 20% de todo o dinheiro liberado pelo Banco Central para reativar o crédito das empresas brasileiras dificuldades face à crise financeira que varre o mundo
10
dez
08

Rodovia Padre Cícero começa a sair do papel

Rodovia Padre Cícero
Cid autoriza início das obras de rodovia

A pavimentação de 50 km da CE-153, entre Banabuiú e Solonópole, parte da rodovia Padre Cícero, começa a ser realizada

Rita Célia Faheina
da Redação

As obras da rodovia Padre Cícero, que diminuiu a distância entre Fortaleza e Juazeiro do Norte, começam a ser feitas. Ontem, o governador Cid Gomes autorizou a pavimentação de 50 km da CE-153, entre as cidades de Banabuiú e Solonópole. O trecho faz parte dos 173 km de extensão que faltam para que a nova estrada seja concluído. Pela rodovia Padre Cícero, o trajeto entre a Capital e Juazeiro do Norte, na Região do Cariri, será de 500 km, 52 a menos que é feito atualmente pela BR-116.
A obra autorizada ontem pelo governador Cid Gomes, na cidade de Solonópole, será contemplada dentro do Programa Rodoviário Ceará III e tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e contrapartida do Tesouro Estadual. O custo para as obras dos 173 km é estimado em R$ 103,8 milhões, se for considerado o preço unitário médio de R$ 600 mil por quilômetro. A nova rodovia vai passar pelos municípios de Quixadá, Banabuiú, Solonópole, Orós, Cedro, Mangabeira e Caririaçu.
Os outros trechos da Padre Cícero a receberem pavimentação serão Solonópole-Orós, com 68 km, em projeto de licitação; e o entroncamento BR-230-Quitaiús-Caririaçu, com 55 km da CE-385, que está em fase de licitação. Os roteiros já existentes, saindo de Fortaleza pela BR-116, passa pelos municípios de Russas, Jaguaribe, Icó, Milagres e Barbalha. Pela CE-060, vai por Quixadá, Quixeramobim, Pedra Branca, Mombaça, Acopiara, Iguatu, Várzea Alegre, Farias Brito e Crato, num total de 526 quilômetros.
Com a rodovia, serão beneficiados cerca de 515 mil habitantes das cidades de Banabuiú, Solonópole, Jaguaribe, Orós, Iço, Cedro, Mangabeira, Aurora, Granjeiro, Caririaçú e Juazeiro do Norte. As viagens de ônibus entre Fortaleza e Juazeiro do Norte, que atualmente chegam até 10 horas, e as de carros, em torno de sete horas, vão ser abreviadas a partir do próximo ano, data em que o novo trajeto ficará concluído, segundo promessa do próprio governador Cid Gomes.
Há um ano, O POVO percorreu todo o percurso da nova rodovia estadual e constatou a expectativa dos que vivem nas cidades beneficiadas. Os mais ansiosos são os que moram nas proximidades do trecho de 50 quilômetros entre Benabuiú e Solonópole (CE-153) que será todo pavimentado. Ali, existem muitas casas abandonadas, e, nessa época do ano, a vegetação é seca pela falta de chuvas. O trecho é desnivelado (cheio de altos e baixos), cheio de pedregulhos e existem muitas curvas, o que torna o tráfego de veículos muito perigoso.

COMO FICARÁ

> Saindo de Fortaleza melhor pegar a avenida Godofredo Maciel e ir até a CE-040, a chamada rota turística Fortaleza Metropolitana.
> Passa pelas entradas dos municípios de Maracanaú, Maranguape e Pacatuba e pela cidade de Guaiúba .
> Acarape e Redenção são os dois municípios seguintes. A próxima cidade é Aracoiaba e a entrada para Baturité.
> Segue pela mesma rodovia passando pelas cidades de Capistrano, Itapiúna e Quixadá. Pega então as BRs 359 e 122 com destino ao município de Banabuiú
> São 50 quilômetros de estrada carroçável passando por distritos como Cangati e Japão antes de chegar na cidade de Solonópole que fica a 378 quilômetros de Fortaleza
> Antes de chegar no município de Orós, passa pelo distrito de Nova Floresta, um dos maiores da cidade de Jaguaribe. Passa por Lima Campos e o distrito de Cascudo (Icó)
> Já na CE-153 passa pelos municípios de Cedro e Lavras da Mangabeira, pela BR-230. Na divisa entre Lavras e Caririaçu passa pelas localidades de Coronzó e Quitaiús.
> Da cidade de Caririaçu até Juazeiro do Norte, são 22 quilômetros pela CE-060 em boas condições de tráfego. Muita atenção, porém, nas curvas fechadas
(Fonte “O POVO”, edição de 10-12-2008)
10
dez
08

Rondel do Silêncio

A pedido de Dihenson, trago aqui um poema rimado e com métrica.
Este tipo de texto chama-se RONDEL.
Há alguns detalhes específicos que caracterizam o RONDEL.
1.Um deles é que: os dois primeiros versos do primeiro quarteto se repetem no segundo quarteto, como terceiro e quarto versos.
2.O primeiro verso da primeira estrofe, repete-se na terceira estrofe sendo, então, o seu último verso.
O desafio é: usar os versos repetidos sem perder o prumo do tema, num encaixe perfeito. E a rima deve ser observada.
Neste rondel os versos são decassilábicos. A última estrofe, um quinteto.

Quem se arrisca a fazer um RONDEL?

I- Rondel do Silêncio

No silêncio da noite enluarada

Minha alma passeia enternecida
Na areia os passos, a jornada
E a saudade fortemente renascida.

Nas espumas do mar, a minha vida
Devaneio que vingou na madrugada
No silêncio da noite enluarada
Minha alma passeia enternecida

Percorri teu caminho, tua lida
Pelo chão, os teus passos na estrada
Caminhei tantas vezes distraída
Te encontrei quando já não tinha nada
No silêncio da noite enluarada

II – Rondel da Luz

Nas vestes rotas desta madrugada
Eu escrevi teu nome na areia
E a encantada luz da alvorada
Teceu à tua volta sua teia

Em teu olhar o lume da candeia
E os tons difusos, nessa tua estrada
Nas vestes rotas desta madrugada
Eu escrevi teu nome na areia

Em teu sorriso minha alma passeia
Descortinando a lua enevoada
Rompendo a noite, a chuva, a maré-cheia
Chamei teu nome e não disseste nada
Nas vestes rotas desta madrugada.

Rondel por Claude Bloc

10
dez
08

Cariri ganha mini-usina de leite comunitária


CRATO

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Com equipamentos adequados, o empacotamento de leite será feito com total higiene (Foto: ANTÔNIO VICELMO)

Inicialmente, a usina do Cariri vai pasteurizar 600 litros de leite por hora, podendo aumentar para 1.500 litros

Crato. Inaugurada a primeira miniusina comunitária de pasteurização de leite do Estado, situada no Cariri. A iniciativa é da Associação dos Pequenos Produtores de Leite do Sítio Malhada, a 20km do Crato, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA). Inicialmente, a usina vai pasteurizar 600 litros por hora, podendo aumentar para 1.500 litros, dependendo do mercado. O investimento foi de R$ 92 mil.

Parte do produto será vendida ao próprio Governo do Estado, que gerencia um programa de distribuição de leite do Governo Federal ao preço de R$ 1,20. No Ceará, segundo o Governador Cid Gomes, que inaugurou a miniusina, 55 mil pessoas participam do programa. O restante será vendido no mercado pelo preço a ser negociado. Para Cid, se o projeto der certo, serão implantadas outras usinas no Interior.

Além do leite, serão produzidos queijo, iogurte, doce de leite e creme de nata. De início, serão produzidos 1.200 litros de leite por dia que serão vendidos no mercado regional. De acordo com a extensionista social da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Elcileide Mendonça, serão firmados convênios com o Programa Fome Zero e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com o objetivo de ampliar o mercado. Depois de pasteurizado, o leite é vendido em sacos plásticos com a marca “Leite Malhada”.

O gerenciamento da usina de leite é realizado por 12 integrantes da Associação dos Pequenos Produtores que foram capacitados para operar a usina, financiada pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) e Projeto São José, com o aporte técnico da Ematerce.

Durante a inauguração, o secretário de Desenvolvimento Agrário, Camilo Santana, anunciou que está sendo implantado no Cariri o programa Território da Cidadania, uma iniciativa do Governo Federal que tem como estratégia o desenvolvimento regional em parceria com os governos estaduais e municipais e, também, com a sociedade.

O Território da Cidadania servirá para reduzir a diferença das áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para com as de índice mais elevado. “Isso é uma forma de melhorar as condições de vida do agricultor familiar e assim fixar o homem ao campo”, disse o secretário.

Higiene
Com o laticínio, o leite será industrializado atendendo todas as normas de saúde. A principal preocupação, para Elcileide, é atender o que determina a Instrução Normativa 51, do Ministério da Agricultura, que proíbe a venda do leite “in natura” e busca melhorar a qualidade do leite e de todos os produtos lácteos.

O projeto irá resultar na garantia de uma fonte de renda interessante para os pequenos produtores da Malhada. “Apesar das dificuldades, nós acreditamos no projeto”, disse o presidente da Associação, Raimundo Soares, conhecido como “Guri”. Para ele, a usina é garantia de uma fonte de renda permanente. “Daí a importância do laticínio ser administrado pelos produtores que terão maior possibilidade de ganho, industrializando e vendendo direto ao consumidor”.

ANTÔNIO VICELMO
Repórter

SAIBA MAIS

Impurezas
O leite é deixado nas primeiras horas da manhã pelos produtores da região e logo é feito um teste de laboratório para saber se o produto tem impurezas. Se nesse teste o leite for reprovado, ele é devolvido ao produtor e veterinários vão nessas propriedades para detectar o problema.

Filtração
Depois do teste de impurezas, o leite vai para o tanque de recepção para fazer a filtração. Após isso, o produto vai para o tanque de pasteurização onde é fervido até 25 graus e depois resfriado até 35 graus. Isso mata os micróbios mais resistentes. Em seguida é feito um teste para se certificar se o leite está bem pasteurizado, depois é empacotado.

Mais informações:
Escritório da Ematerce no Crato
(88) 3102.1293
Ass. dos Pequenos Produtores do Sítio Malhada, Raimundo Soares
(88) 9933.6439

Reportagem: Antonio Vicelmo
Fonte: Jornal Diário do Nordeste

10
dez
08

Pergunta ao Nijair Pinto – Fraude na Foto ??

Em um dos últimos poemas postados aqui pelo Nijair Pinto, ele colocou uma foto de uma suposta amiga dele, por nome Camila Bezerra. Amiga ( Virtual ), diz ele. Logo que vi, fiquei admirado pela beleza da criatura, mas como fotógrafo que também sou, logo desconfiei de umas coisas estranhas na foto, que aqui trago a público.

Eis a foto original da “Camila Bezerra”:

Percebem algo de errado ?
Como fotógrafo aponto de cara um grande problema:

01 – A foto foi feita em um estúdio, vide o fundo infinito empregado.

02 – Uma das principais regras da fotografia e qualquer fotógrafo mesmo medíocre sabe que não se deve cortar os membros das pessoas: Pés, mãos… observem que a modelo está com o pé “cortado” propositalmente. Como um fotógrafo que possui um estúdio fotográfico ( e portanto de um certo profissionalismo cortaria o pé da modelo ? ) Por quê ?

03 – A resposta vem aqui. Porque foi feita uma edição na foto posterior à fotografia. Alguém apagou escritos de forma até grosseira na parte inferior, usando uma ferramenta de edição, estilo photoshop, talvez uma publicidade, letras, palavras, etc… devido ao texto estar horizontalmente ao lado do pé da modelo, para não transparecer qualquer edição, mesmo em foto de tamanho reduzido como esta, o editor resolveu cortar totalmente a parte de baixo da foto, com isso, cortando o pé da modelo. Reparem bem, clicando na foto abaixo para ampliação, que eu ressaltei, na edição grosseira assinalada pela seta:

Conclusão:

Pode até ser que essa foto seja mesmo de uma “Camila Bezerra”, amiga do nosso “Nijair Pinto”, mas isso é muito estranho mesmo. Sabemos que muitas pessoas se falam através do MSN e fornecem fotos falsas de outras pessoas também. Não sei se é esse o caso, mas por via das dúvidas, gostaria de ver maiores explicações, e mais fotos dessa pessoa, talvez conversar com a mesma…

Para um fotógrafo, esse erro grosseiro aí foi simplesmente DEMAIS !!!

Abraços,

Dihelson Mendonça
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10
dez
08

Lembranças da Minha Terra – Por: João Mendes Filho

Acima: Foto do Gymnasio do crato – Hoje, Colégio Diocesano do Crato

Sou do Crato onde morei até meus 18 anos, tendo chegado a Recife em 1978, para mim parece ontem, para meus filhos de 23 e 26 anos parece bastante distante, ingressei no curso de Medicina e me afastei antes da conclusão do curso para seguir carreira de Bancário que exerço desde 12/1982. Atuando em Recife na Agência Casa Forte (PE), onde transitam várias artistas pernambucanos. Vez por outra descubro alguém do Crato, o último foi o filho de J de Figueiredo Filho, Caubi Pequeno, amigo do Tio Rui Alencar e que me presenteou com dois livros um sobre O Caldeirão e outro de Patativa do Assaré…Sou apreciador do forro de sanfona, triangulo e zabumba, daqueles bem arrastados de pé de serra, tendo sido artista por aproximadamente 02 anos, acompanhando amigo que hoje não me lembro o nome, mais jovem que eu tocador de sanfona e seu irmão no triangulo…logo como era mais alto meu instrumento era o zabumba. Sempre admirei o mestre Luiz Gonzaga, que sempre passava na calçada do Comércio de meu pai, cujo oitão da Igreja de São Vicente, faz esquina com o prédio, na época vendia caldo de cana, posteriormente foi uma mercearia e por final armazém de tambores vazio, cimento e sal. Apreciava também os programas matutinos de Rádio Araripe, na voz do locutor Seu Eloi, este sim hoje compreendo como líder comunitário, pois recolhia presentes no comércio e os distribui em programa transmitido pela Rádio, onde a premiação era sorteio com a carteira de sócio do programa Gurilândia ou conforme o dote artístico de imitar Tarzan, dançar xaxado ou mesmo se apresentar como artista como eu acompanhando a sanfona e recebendo cachê de entrada para o Cinema Cassino, que era um dos patrocinadores.

Falo tudo isto, para entenderem a áurea que povoa um sertanejo sonhador, que via no seu ídolo a beleza das alpercatas e seus conjuntos de uma só cor, calçadas e vestidos pelo mestre Luiz Gonzaga…

Pois bem, a cerca de oito anos vejo alguns primos aqui em Recife, que com mais freqüência visita o Cariri, calçados com as famosas alpercatas de couro; belamente decoradas; meu sonha de consumo. Indagados sobre aonde foram adquiridas, me falam que foi em Nova Olinda, com o artesão Sr. Expedito. Ora para mim não tem outra, quando chegar minhas férias vou direto subir a Serra e também comprá-las.

Chegam as férias e convido minha esposa e crianças para irmos ao Crato e os levo até a oficina do artesão.

Indago ao senhor Expedito:

– Quanto custa isto, quanto custo aquilo, sempre pechinchando, mantendo aquele espírito de feira, onde fui criado. Encontro a alpercata e fico maravilhado, pergunto que cores tem e ele me mostra todas…escolho a de couro cru, com parte branca.

Minha esposa, logo fala:

– O que, você vai comprar isto para sair comigo no Shopping Center? De jeito nenhum, comigo você não anda.

O artesão, sentindo-se ameaçado de não concretizar a venda; por detrás do balcão, relata:

– Senhora seu marido tem gosto de artista, quero falar para a senhora que muitos vêm aqui adquirir meus artigos, e mais os dois últimos que compraram estes calçados foram Falcão e Regina Casé.

Então rebate minha esposa:

– Pois bem, é justamente por isso que não andarei com ele calçando estas alpercatas.

Adquiri as alpercatas, andei com ela no Shopping Center, ainda as tenho e meu filho caçula adora calçá-las e por um chapéu de couro que o caracteriza nas confraternizações com os amigos.

Sonhos, desejos e necessidades, por mais estranhos que pareçam só dizem respeitos a quem os construiu na sua vivência ou carência por ainda não tê-los realizados.

Mando um abraço para meu contemporâneo Dr. Valdetário.

Por: João Mendes Filho
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