Arquivo para 17 de dezembro de 2008

17
dez
08

A CADA UM DE NÓS

Em 11 de agosto de 2004 recebi um PPS via internet cujo título era Oração Camponesa de Madagascar. Oração supostamente colhida pelo frei Dominicano Raimundo Cintra. A oração era assim:

Senhor!
Dono das Panelas e Marmitas!

Não posso ser a santa que medita aos vossos pés,
Não posso bordar toalhas para vosso altar.

Então que eu seja santa ao pé do meu fogão.
Que o vosso amor esquente a chama que eu acendi e faça calar minha vontade de gemer a minha miséria.

Eu tenho as mãos de Marta
Mas quero também ter a alma de Maria.

Quando eu lavar o chão,
Lavai, Senhor os meus pecado.

Quando eu puser na mesa a comida,
Comei também, Senhor, junto conosco.

É ao meu Senhor que eu sirvo,
Servindo minha família.

Como os apanhados do ano se firmam nos últimos dias de dezembro, resolvi publicar como mensagem aos tão generosos participantes do Cariricult e do Blog do Crato uma nova versão de tal oração, agora renomeada: ORAÇÃO DE MAL MASCAR.

Senhor!
Que me deu o dom das panelas e marmitas!

Não posso resumir-me a este corpo faminto,
pois sou o sagrado aos vossos pés.

Não posso rezar no fausto
que os homens deram ao vosso altar.

Então, que seja a santa de todas as colheitas,
a fome saciada pelo meu fogão.

Que o vosso amor distribua o calor da chama que acendi
e faça calar a miséria que sufoca os explorados da terra.

Eu tenho as mãos que colhe,
Mas quero também ter a alma que suplanta.

Quando eu lavar o chão,
lavai Senhor o zinabre das guerras que nos consomem.

Quando a comida for posta à nossa mesa,
alimentai-nos, Senhor, da liberdade nascida na manjedoura.

É ao divino ser humano que eu sirvo,
servindo à igualdade de todos.

E, finalmente, que meu espírito seja terra,
que a terra seja meu cotidiano,
que o meu cotidiano seja coletivo,
pois fruto da contradição de ser eu e nós;
nada mais belo que a contradição do amor;
quando nós buscamos fundir nossos corpos;
ao invés de nos reduzirmos à fusão de nós;
nos multiplicamos no espaço feito eles – (os filhos).

17
dez
08

A História de Ponta da Serra – Parte I


ORIGENS E POVOAMENTO DE PONTA DA SERRA
Por: Antonio Correia Lima

Cabe-me, no momento, em poucas linhas traçar um esboço histórico do nosso lugar e da nossa gente. Para tanto, apeguei-me a algumas fontes escritas e outras orais. Visando uma melhor compreensão, achei por bem dividi-lo em três momentos distintos: primeiro, falaremos de uma Ponta da Serra como sítio, segundo, como povoação e, terceiro, como distrito.

PONTA DA SERRA COMO SÍTIO

Segundo o historiador caririense Joaryvar Macedo, em “Povoamento e povoadores do Cariri cearense” JOSÉ GOMES DE MOURA, foi o primeiro donatário de uma Sesmaria na “Ribeira do Carás”, datada de 30 de outubro de 1716 e que residia no sítio Boqueirão. E pelos serviços prestados pelo português JOSÉ PEREIRA LIMA AÇO, lhe concedera um porção de terras no lugar denominado Corrente Grande (pertencente, hoje, ao Distrito de Santa Fé), onde construiu sua residência. Joaryvar também afirma que o citado português era dono do Sítio Ponta da Serra e era casado com a sergipana APOLÔNIA CORREIA DE OLIVEIRA e que deste casal promanam Os Ferreira Limaverde, os Ferreira Pinto Callou, Os Sucupira, Os Romão Batista( do Pe. Cícero) e outros. De mão destas informações, chegamos à conclusão do quão é remoto o topônimo Ponta da Serra, o que vem justificar os insucessos de algumas tentativas de mudança deste nome atribuído ao nosso lugar.

Da era colonial, passemos agora para o Brasil independente, mais precisamente, aos idos de 1850, quando da aquisição do Sítio ou Fazenda Ponta da Serra pelo major EUFRÁSIO ALVES DE BRITO, de Várzea Alegre. Passam-se alguns anos, e o proprietário resolve trazer um dos seus vaqueiros, um rapaz muito jovem, porém, muito responsável, disposto e trabalhador, chamado JOSÉ BERNARDO VIEIRA. Juntamente com o vaqueiro vem também o sr. RAIMUNDO PEREIRA DA SILVA, conhecido por RAIMUNDO VERMELHO, seu parente e futuro sogro. A estas alturas o jovem vaqueiro e seus parentes já haviam preparado a moradia que por sinal foi edificada na localidade que hoje chamamos de Barreirinho, recebendo esta denominação pela existência de um barreiro de onde foi retirado o barro para tapagem da dita casa. Logo em seguida, na localidade chamada de Juá de Baixo, nos arredores deste lugar que viria no futuro a se transformar em povoado, uma outra família se instala. Trata-se do Sr. JOÃO PAULINO CORREIA casado com VICÊNCIA MARIA DA CONCEIÇÃO OU VICÊNCIA MARIA DE LIMA mais conhecida por YAYÁ, oriundos do Sítio Fábrica, de propriedade dos Limaverde, descendentes do citado português JOSÉ PEREIRA LIMA AÇO. JOÃO CORREIA, adquirindo esta propriedade, se transfere,trazendo também o seu pai, viúvo e com alguns filhos. Aqui o velho se casa pela segunda vez a e constitui uma segunda família. Destes, promanam OS CORREIA LIMA do JUÁ.

Voltando ao vaqueiro JOSÉ BERNARDO, devemos dizer que ele se casa com Maria Felicia, filha do RAIMUNDO VERMELHO, com quem vem a ter 10 filhos. A cada dia que passa solidifica ainda mais a confiança do patrão ao humilde vaqueiro a ponto do mesmo passar a ser rendeiro destas terras e, depois, ganhar do Major EUFRASIO uma tarefa de terra para construir a sua residência e uma casinha de Oração para o seu santo de devoção, SÃO JOSÉ. Chega o ano de l895 e o vaqueiro tem aprontado a sua casa e a do seu santo. No dia 25 de dezembro deste mesmo ano o Padre, depois Mons. ANTONIO ALEXANDRINO DE ALENCAR , Vigário de Crato, nesta época, celebra a santa missa dando por inaugurada a CASA DE ORAÇÃO e o sonho do vaqueiro JOSÉ BERNARDO VIEIRA é concretizado, dando assim por criado o NÚCLEO PRIMITIVO DE PONTA DA SERRA.

Fonte: Blog da Ponta da Serra

17
dez
08

Cariri vai ganhar segunda emissora de televisão

Segundo notícia divulgada no “Jornal do Cariri” – edição ora em circulação na região – a TV Cariri – Globo, pertencente ao Sistema Verdes Mares, não deverá ser mais colocada no ar, em caráter experimental em março próximo, como estava previsto. Mas, segundo o jornal, com certeza, a TV Cariri estará no ar ainda no primeiro semestre de 2009.

Trata-se da segunda emissora de televisão do Cariri e deverá ter seus estúdios no bairro São José, em Juazeiro do Norte. A outra emissora – já em funcionamento no Cariri – é a TV Verde Vale, canal 13, de propriedade do deputado Manoel Salviano, também localizada na cidade de Juazeiro do Norte.
17
dez
08

Natal

Mais uma vez, o final do ano. Os espíritos já se banham nas doces águas do Natal e do Ano Novo. As luzes natalinas iluminam as praças e os jardins. Mensagens emboloradas já circulam pelos correios e pela Internet. O comércio rejubila-se com a consumista solidariedade. Os meninos do Grangeiro já estendem seus sapatos nas janelas na certeza da vinda do bom velhinho. Os da Batateira, tristes e desesperançados, preferem recolher as sandálias, na certeza de que Papai Noel nunca faz escala por lá. Os perus calam seus guglus e os leitões recolhem temerosos seus pernis : serão imolados em sacrifício nos altares natalinos.As famílias durante todo o ano desunidas , com os ares natalinos se tornam reunidas e , em trégua , recolhem um pouco as armas, até o toque de alvorada do ano novo.Lábios sussurrarão preces maquinalmente , num fervor vazio e superficial. Os bares e restaurantes se apinharão de confraternizações: um sem número de empresas reunindo funcionários e criando um momento fraterno e solidário que acabará daqui a pouquinho, embora devesse se estender por todos os dias do ano. Nos templos , homens e mulheres contritos se darão as mãos efusivamente, desejando-se felicidades mil ; as mesmas mãos que logo em seguida se fecharão para os mendigos e se cruzarão no peito para a miséria do mundo. As ceias natalinas, quanto mais fartas, mais prenhes de alimentos estranhos e estrambóticos: figo, nozes,tender, lentilhas, chesters, panettones , champanhe, passas e uvas.Servem mais para alimentar a vaidade dos anfitriões do que o estômago dos comensais. A Ceia que modificou os destinos da humanidade não foi regada apenas a vinho e pão?
As festas trazem sempre consigo alguma atmosfera de tristeza e de saudade. Com o passar do tempo, pessoas queridas já não respondem à chamada. Talvez porque, como dizia Manuel Bandeira, estejam todos dormindo, dormindo profundamente… Um belo dia estaremos sós diante da grande Távora vazia de cavaleiros.Algumas recordações se espreguiçarão a um canto, o passado grávido se debruçará em algum móvel da sala. . Talvez , neste dia, um comensal de longas barbas sente conosco na longa e solitária tábua e divida conosco o pão e o vinho, não mais que isto. Perceberemos então que a mesa se tornou gigantesca , acolhendo nossa nova família que agora possui irmãos de incontáveis cores e raças. Celebram as primícias da vida, com sua essência de fugacidade e de mistérios, enquanto se vai servindo a ceia farta regada pelo milagre dos peixes e dos pães.

J. Flávio Vieira
17
dez
08

História de Crato (3)

Por
Armando Lopes Rafael
Vista da Cidade de Crato”, aquarela de José Reis de Carvalho pintada em 1859. Assim era Crato àquela época. A atual Sé Catedral só tinha, à época, uma torre, a do lado Sul. José Reis integrava a Comissão Científica de Exploração das Províncias do Norte e Nordeste, apoiada pelo Imperador Dom Pedro II.

O mártir da monarquia

(Abaixo, à direita, a bandeira do Brasil Império 1822-1889)

O Cariri continuou, durante algum tempo, dividido entre simpatizantes da ideologia republicana e adeptos da Monarquia. O confronto dessas idéias foi motivo de contendas as mais variadas. Joaquim Pinto Madeira era o que poderíamos chamar de “caudilho”. Rico proprietário rural e chefe político da Vila de Jardim, era por índole um afeiçoado às coisas da Monarquia. Foi fundador da sociedade secreta “Trono do Altar”, que defendia a monarquia absoluta. Lutou ele, ativamente, contra os promotores dos movimentos libertário-republicanos da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador de 1824.

Após a derrota da família Alencar, em 1817, coube a Pinto Madeira, à época ocupando o posto de Capitão de Ordenança, conduzir até a cidade de Icó os 20 malogrados presos políticos. Provavelmente, durante o percurso, esses prisioneiros sofreram humilhações por parte do caudilho. O que era esperado, face ao temperamento belicoso de Pinto Madeira.Em 1831 o imperador Dom Pedro I abdica do trono brasileiro e volta para Portugal, onde toma o nome de Dom Pedro IV.

Os adversários de Pinto Madeira aproveitaram esse acontecimento para dele se vingar. Acuado, o caudilho, com a ajuda do vigário de Jardim, Padre Antônio Manuel de Sousa, armou cerca de dois mil homens, a maioria com rudimentares espingardas, e invadiu o Crato, em 1832, para dar caça aos seus inimigos liberais. Dizem que de tanto abençoar as espingardas dos jagunços e, na falta destas, dar bênçãos a cacetes (pequenos bastões de madeira) o Padre Antônio Manuel de Sousa ficou conhecido como “Padre Benze-Cacetes”. Pinto Madeira e o Vigário Manuel foram vitoriosos no Crato, mas logo começaram a sofrer reveses.
Terminaram por se render ao General Pedro Labatut, um mercenário francês que atuava no Brasil, desde as lutas pela independência. Presos, ambos foram enviados para Recife e depois para o Maranhão. Pinto Madeira retornou preso ao Crato, em 1834, onde, num júri parcial – composto por antigos inimigos seus – foi condenado à forca, sentença posteriormente comutada para fuzilamento, em face do réu ter alegado sua patente militar de Coronel.
“Morreu virilmente Pinto Madeira. Conta a tradição, ouvida por mim desde menino, que momentos antes do fuzilamento, ofereceu-lhe um lenço, para que vedasse os olhos, um dos seus mais implacáveis inimigos. Recusou o condenado a oferta (…) Durante anos a fio, fez-lhe promessas o rude povo do sertão, considerando-o um mártir, isto é um santo”. (cfe. Irineu Pinheiro, “Joaquim Pinto Madeira” Imprensa Oficial do Ceará.Fortaleza, 1946, página 21).
Um sonho não concretizado: Crato capital do Cariri

(Abaixo, à esquerda) o mapa do Império do Brasil, em 1822)

Já em 1828, a Câmara de Vereadores do Crato encaminhava representação ao Governo mostrando a oportunidade de criação da Província do Cariri Novo. Não foi atendida nessa pretensão. A idéia voltou à tona, em 14 de agosto de 1839, quando o senador José Martiniano de Alencar, do Partido Liberal, apresentava no Senado do Império do Brasil projeto de lei cujo artigo 1º dizia textualmente: “Fica criada uma nova província que se denominará Província do Cariri Novo, cuja capital será a Vila do Crato”.
Os demais artigos desse projeto de lei tratavam sobre os limites geográficos da nova unidade do Império do Brasil que incluíam municípios do sul do Ceará e os limítrofes das Províncias da Paraíba, Pernambuco e Piauí. Com a ascensão do Partido Conservador ao poder, o projeto de lei não prosperou. Anos depois, através do jornal “Diário do Rio de Janeiro”, voltava o senador Martiniano de Alencar a defender sua idéia de criação da Província do Cariri.
Tudo ficou só num sonho.
17
dez
08

Participação no Programa é SHOW!!!!!

Carinho é fonte energética.

Carinho é caminho de amor.
Carinho nunca é demais.
A afetividade é importante, sim.
Pois, como um ser humano ainda imperfeito,ainda aprendiz, pode bastar-se a si mesmo?
Não, amigos, a individualidade, sem dúvida,é direito de cada um de nós.
Mas, em excesso, é egoísmo.
Viemos aqui para aprender.
Aprendizagem é sinônimo de troca de experiências,troca de energia, troca de informações,troca de afeto, troca e troca…
Carinho é plumagem bonita, macia, gostosa de sentir.
Quem dá afeto se fortifica; quem o recebe se acalma,se tranqüiliza, se equilibra.
Carinho é sinônimo de amor, amigos.
Amor é bálsamo para a nossa condição de criança espiritual.
Criança precisa de amor para crescer psicologicamente,afetivamente e fisicamente saudável.
Criança precisa de apoio e de muita troca.
Portanto, também nós precisamos de afeto.
Não esqueçam desse detalhe amigos:amor é fonte de energia, é vida, é crescimento.
Dêem e aceitem todo o tipo de afeto com verdadeiro amor.

17
dez
08

Homenagem ao Rei do Baião

No sábado passado, 13 de dezembro, transcorreram 96 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Lamentavelmente, não tomei conhecimento do registro de qualquer homenagem aí na Terra de Bárbara de Alencar, ao genial artista nordestino, muito identificado com a cidade do Crato, que visitava com freqüência. Durante muito tempo, Gonzaga foi atração da famosa Exposição Centro-Nordestina de Animais e Produtos Derivados, hoje, simplesmente, ExpoCrato.

Em meados de 1974, como integrante do Coral da Faculdade de Filosofia do Crato, participei de recital em homenagem a Gonzaga, na memorável noite em que ele recebeu das mãos do então prefeito Pedro Felício, o pergaminho da cidadania cratense. Foi a primeira vez que vi o Rei do Baião de paletó e gravata. O coral, regido pela musicista Divani Cabral, cantou Asa Branca, o hino do Nordeste, levou Gonzaga às lágrimas e foi entusiasticamente aplaudido pelo público que lotava o auditório do Sesi, naquela memorável noite. Em Campina Grande, onde um abnegado fundou e mantém o Museu Fonográfico de Luiz Gonzaga, foi inaugurada em granito, sábado passado, uma estátua do inesquecível e insubstituível bardo sertanejo.

Natural de Exu, Gonzaga tinha tanta identificação com o Ceará, que chegou a dizer num de seus discos, que tinha uma banda (metade) pernambucana e outra cearense. Serviu ao Exército em Fortaleza e mesmo depois de famoso, morando no Rio de Janeiro, quando estava em Exu, era visto de vez em quando na feira livre do Crato. Gravou músicas que falam da Princesa do Cariri. Uma delas tem por título “Vou pro Crato”, em cuja letra se refere ao ex-prefeito Pedro Felício. Noutra, fala do médico e cirurgião Humberto Macário (também ex-prefeito).

FRANCISCO JOSÉ
Repórter do jornal Correio da Paraíba

Assessor de Imprensa da Universidade Estadual da Paraíba

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17
dez
08

A diferença pode ser você – Por Denisia de Oliveira

É Natal…

25 de Dezembro. Todo mundo sabe que é natal ou pelo menos acha que sabe. Todos os anos as pessoas costumam se preparar para essa data. Guardam dinheiro, enfeitam a casa, compram presentes e reúnem os amigos. Às vezes, costumam fazer boas ações. Estendem a mão aos pedintes ou fazem uma doação daquelas roupas velhas, dos sapatos gastos, de brinquedos que não servem mais afinal de contas, natal é tempo de repor o estoque do ano seguinte.
Todo mundo entra no espírito natalino para parecer melhor do que é ou ser melhor do que foi. Promessas. Passadas e futuras. Verdadeiras por uma noite e esquecidas durante o resto do ano. Memória curta. É disso que as pessoas sofrem.

A humanidade vem perdendo a essência que a torna verdadeiramente humana. Valores como a capacidade de pensar no próximo, a força de sonhar junto, a coragem para mudar o que está errado estão se perdendo em meio às futilidades que o consumismo da era moderna procria.
O mundo está um caos e é somente em momentos como esse que se pode fechar os olhos e sonhar com uma realidade diferente daquela que encontramos todos os dias batendo na nossa porta. Natal é tempo de mudanças. Vamos à luta! Com amor, com vontade, com determinação. Vamos abandonar esse nosso lado preguiçoso que espera sempre por um amanhã. Já amanheceu e este pode ser o nosso último natal. Gastem o dinheiro, esqueçam os enfeites, devolvam os presentes, mas reúnam os amigos, os inimigos, os vizinhos, os velhos e as crianças.
Abram a mente, coloquem o melhor sorriso que tiverem nos lábios, distribuam um pouco de sinceridade, de confiança, de bom humor. Renovem as emoções dos corações que estão cansados, sacudam a poeira que cobriu os laços da amizade, retribuam abraços e peçam um pouco perdão.
Presentes assim não exigem uma conta milionária na suíça apenas um pouco de coragem e ousadia e o melhor, trazem consigo a garantia de satisfação. Dependendo de seu desempenho na hora da entrega, você pode até receber uma lembrancinha de agradecimento ou uma grande surpresa de natal.

Presentes assim duram o ano inteiro. Dê o primeiro passo, o resto virá como conseqüência. Mude sua vida e a vida das pessoas que você ama. Faça desse 25 de Dezembro uma celebração de Amor. Pense em Deus e, sobretudo, agradeça a oportunidade de fazer a diferença nesse natal.
Alimentem seus sonhos mais profundos para que eles resistam às altas temperaturas dos problemas. Reconheçam seus erros, mas deixe-os no passado em um lugar onde não possam atrapalhar o presente.Construam sua realidade com fé.Sejam autores de sua própria história.Não ignorem seus sonhos e por favor, não destruam os meus.

Por: Denisia de Oliveira

17
dez
08

Entre soluços


.:.
Quero desajudar-me.
Minhas fraquezas pululam;
meu estereótipo é profusão.
Flui o caótico viver,
dificultando minha acomodação.
Sacuda-me, oh vida!

Quero pendular eternamente.
Para um lado.
Para o outro lado…
Avançando dentro do clico.

Quero espreguiçar-me!
No sofá da sala.
Ou no chão, sei lá.
Jaz meu corpo.
Minha alma, esta levita!
Meu espírito, ah!
Ele trafega por entre as agruras.

Quero queimar-me.
Despencar das alturas.
E no abismo,
entre soluções,
perder-me na dúvida.

Quero, droga, é dormir.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 16 de dezembro de 2008.
19h45min
.:.

17
dez
08

MONSTROS SAGRADOS (epílogo)

A propósito das diversas contestações de cunho preconceituoso ou deseducado que pulularam no nosso correio eletrônico por conta do texto “Monstros Sagrados”, que postamos dias atrás aqui no BlogdoCrato, permitimo-nos transcrever, ipsis litteris, o que se segue, numa tentativa de obstar novas manifestações da espécie (os grifos são nossos):
“Uma expressão idiomática ocorre quando um termo ou frase assume significado diferente daquele que as palavras teriam isoladamente. Assim, a interpretação é captada globalmente, sem necessidade da compreensão de cada uma das partes. Usamos expressões idiomáticas a todo instante. Elas se encontram no linguajar diário, no noticiário da televisão, em anúncios dos jornais, no rádio, na tv, em discursos políticos, campanhas eleitorais, em filmes, em letras de música, na literatura, etc.
O uso de expressões idiomáticas não se restringe a um aspecto específico da nossa vida, nem a uma determinada camada social. As expressões idiomáticas são uma parte importante da comunicação informal, tanto escrita como falada, e também são usadas freqüentemente no discurso e na correspondência formal. Tudo que se pode expressar usando expressões idiomáticas pode também ser transmitido por meio de frases convencionais.
O motivo que leva um falante ou um escritor a usar expressões idiomáticas é o desejo de acrescentar à mensagem algo que a linguagem convencional não poderia suprir. Uma expressão idiomática pode enriquecer uma frase, dando-lhe força ou sutileza, pode enfatizar a intensidade dos sentimentos de alguém e pode ainda atenuar o impacto de uma declaração austera, com humor ou ironia. O uso que um falante faz das expressões idiomáticas determina o seu grau de domínio da língua, possibilitando-o expressar-se de muitas maneiras”.
Alfim e até por isso mesmo, ratificamos que, do explicitado na postagem original, não há como nem porque se retirar sequer uma vírgula, porquanto, no nosso entendimento, as duas personalidades citadas (que não conhecemos pessoalmente, repita-se) são pessoas “diferenciadas”, possuidoras daquele “algo mais”, de um “dom” não encontrado em seus semelhantes e, por isso mesmo merecedoras de serem cognominadas como “MONSTROS SAGRADOS” (pelo menos no que concerne ao tema focalizado, a literatura).

José Nilton Mariano Saraiva